quinta-feira, 7 de julho de 2016

evento cultural: duelo de mc's

Viaduto Santa Tereza: lugar em que ocorre o Duelo de Mc's e outros eventos populares, localizado entre o centro e o bairro que lhe deu o nome: Santa Tereza. É conhecido por ser um local de luta e de apropriação popular.

O Duelo de Mc's é um evento que ocorre aos domingos em baixo do viaduto já mencionado, e tem uma grande participação popular, pois além de ser gratuito e aberto, a festa possui uma identidade diversificada: possui a batalha de mc's, os quais se utilizam de um palco criado para a disputa; grupos de dança independentes, que se apresentam através do hip hop, do break, e outros estilos de danças urbanas; grafiteiros e artistas que produzem suas obras em tempo real. Além da diversidade musical, é muito comum ver ambulantes circulando no dia do festival - o que é fácil identificar em eventos populares.

Apesar do evento não possuir incentivos da prefeitura e ser símbolo de luta social, a parte de cima do viaduto também é interditada e acaba sendo palco para outro evento: o Festival Cidade Viva. Este, é incentivado pela prefeitura e ocorre em dias comuns ao Duelo. 


Duelo ocorrendo sob o viaduto

vídeo da intervenção

Intervenção realizada na Escola de Arquitetura, visando expor os banners dos alunos do TCC.

croquis inhotim (cosmococa)

Cosmococa vista de fora


Sala da piscina (interior da Cosmococa)

galeria cosmococa

Durante a visita ao Inhotim, um dos mais importantes centros de arte ao ar livre do mundo, os grupos foram separados e cada uma ficaria com uma obra para observar e discuti-la no contexto em que está inserida. O meu grupo decidiu ficar então com a Coscomoca, de Hélio Oiticica e Neville D'Almeida.





A Cosmococa, por fora, é como uma fortaleza os tempos medievais, com uma marcante geometria e materiais pedregosos. A paisagem no seu entorno (do Inhotim), é coberta de gramas, plantas, e animais de diferentes espécies, quase que quebrando com o ritmo que a Cosmococa impõe sobre o local.  No interior do prédio, a ideia dessa fortaleza murada é totalmente desfeita; há um sala central que liga outras cinco salas, as quais apresentam um certo diálogo espectador-obra, e com isso, diferentes temáticas de interação. Além disso, os espectadores fruem uma experiência de um ambiente multi-sensorial, que se utiliza de imagens projetadas e sons em todas as salas-ambiente. 

O prédio quase não possui relação artística em si com a obra, porém, fisicamente, com suas diversas entradas e seu salão principal, o espectador é conduzido até as salas através dos pequenos corredores que existem para cada sala-ambiente, cada uma com uma experiência diferente de interação. Quando há o retorno da sala-ambiente para o salão principal, o espectador geralmente costuma ficar perdido devido a forma arquitetônica do prédio e a disposição dos corredores e das entradas que são praticamente iguais.


Por fim, a ideia de interação da Cosmococa é boa, pois a partir de experiência própria e da observação in locus, algumas salas-ambiente conseguem atingir o objetivo de fazer com que o espectador não seja, apenas, um espectador, mas um configurador do local, interagindo e influindo na obra em si. 






terça-feira, 5 de julho de 2016

M O L E A T E caderno técnico

caderno técnico feito para o objeto interativo Moleate.

performance

Vídeo da performance realizada pelo grupo 6 no local da intervenção, visando incorporar o espaço e apropriá-lo.


local da intervenção

O local da intervenção escolhido pelo grupo 6 foi a sala que fica entre a biblioteca e o museu da Escola de Arquitetura. As fotos do lugar são exibidas abaixo. Ainda mais abaixo há as fotos em SketchUp, com as medidas feitas durante o levantamento, e por último, o croqui.






Local da intervenção no SketchUp











Croqui

representação e experiência presencial

Um dos motivos de grande preocupação do século XXI é como a mídias digitais se inserem na vida da humanidade, atrapalhando ou ampliando ainda mais as experiências e vivências pessoais e coletivas. Em um primeiro momento, devemos considerar que a concepção de espaço é muito abstrata e não há uma forma correta de defini-lo. Mas, de alguma forma, quando se trata do seu uso, as diferenças entre a representação e experiência presencial de um local são marcantes, mesmo sendo semelhantes e distintas. 

Durante a utilização do Street View, programa do Google que explora lugares em diferentes ângulos e escalas, para visualizar os arredores do Parque Municipal de Belo Horizonte, e durante a visita e a percepção presencial do local, pude perceber que as diferenças entre ambos vão além de uma barreira digital e física imposta nessa nova era tecnológica: os sentidos humanos são afetados, tanto o olfato; o paladar; a visão; a audição; o tato. Isso é marcante quando se trata, por exemplo, da dimensão dos elementos espaciais: ela não é perceptível da mesma forma no aplicativo e na realidade. Outros exemplos são o barulho do trânsito, das pessoas, da movimentação e da sua natureza; os odores do espaço; a sua temperatura; o seu clima; o seu corpo. Isso tudo se dá no nível do uso do espaço, feito pelas pessoas, diferentemente do que ocorre através da visualização nos computadores.

Além de tudo, há o tempo. O tempo é um fator fundamental que pode diferenciar os dois assuntos tratados. O tempo em que ocorre as interações no local não é o mesmo da representação. A representação não ocorre a todo instante, não captura o que acontece em todo segundo, em toda e qualquer fração de tempo em que multi-eventos humanos e naturais são espalhados pelo espaço.

Tanto o tempo, quanto o uso e tendo em conta as definições de Cassirer sobre o espaço: o espaço orgânico, o espaço perceptível e o espaço representativo, há um leque de fatores analisáveis que diferenciam a experiência presencial de sua representação, como o que foi discutido até aqui.