quinta-feira, 7 de julho de 2016

galeria cosmococa

Durante a visita ao Inhotim, um dos mais importantes centros de arte ao ar livre do mundo, os grupos foram separados e cada uma ficaria com uma obra para observar e discuti-la no contexto em que está inserida. O meu grupo decidiu ficar então com a Coscomoca, de Hélio Oiticica e Neville D'Almeida.





A Cosmococa, por fora, é como uma fortaleza os tempos medievais, com uma marcante geometria e materiais pedregosos. A paisagem no seu entorno (do Inhotim), é coberta de gramas, plantas, e animais de diferentes espécies, quase que quebrando com o ritmo que a Cosmococa impõe sobre o local.  No interior do prédio, a ideia dessa fortaleza murada é totalmente desfeita; há um sala central que liga outras cinco salas, as quais apresentam um certo diálogo espectador-obra, e com isso, diferentes temáticas de interação. Além disso, os espectadores fruem uma experiência de um ambiente multi-sensorial, que se utiliza de imagens projetadas e sons em todas as salas-ambiente. 

O prédio quase não possui relação artística em si com a obra, porém, fisicamente, com suas diversas entradas e seu salão principal, o espectador é conduzido até as salas através dos pequenos corredores que existem para cada sala-ambiente, cada uma com uma experiência diferente de interação. Quando há o retorno da sala-ambiente para o salão principal, o espectador geralmente costuma ficar perdido devido a forma arquitetônica do prédio e a disposição dos corredores e das entradas que são praticamente iguais.


Por fim, a ideia de interação da Cosmococa é boa, pois a partir de experiência própria e da observação in locus, algumas salas-ambiente conseguem atingir o objetivo de fazer com que o espectador não seja, apenas, um espectador, mas um configurador do local, interagindo e influindo na obra em si. 






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