O parkour é uma técnica e estratégia de apropriação do espaço que usa o corpo em alta velocidade para realizar movimentos diversos e acrobacias no espaço, utilizando objetos, estruturas e até a própria natureza presente no local, que geralmente é a grande cidade (devido a sua gama diversificada de utilidades e criações, oferecendo ao usuário da atividade um ambiente propício e tentador).
Flash Mob
Flashs Mobs são eventos que utilizam a dança e o corpo, além de uma grande quantidade de pessoas, com a finalidade de produzir uma perfomance em algum tipo de espaço que pode variar de acordo com a necessidade do ato. Vale lembrar que não é algo aleatório, há um certo nível de organização para que um flash mob possa ocorrer e assim se apropriar de um espaço.
Rolezinho
Ao contrário do que uma grande parte da população brasileira pensa, os rolezinhos são eventos organizados previamente através de redes sociais, e inconscientemente, uma forte denúncia social e de segregação espacial que veio se espalhando pelo país nos últimos anos do século XXI, nos quais grupos grandes de jovens (em sua grande maioria negros e pobres) se apropriam de espaços em busca de diversão. Esses ambientes geralmente são praças, parques e shoppings centers (este último é ainda mais comum que os demais e o mais noticiado pela mídia, pois pertence a iniciativa privada e há grandes chances de conflitos entre policiais e os jovens que costumam participar da mobilização).
Flaneur
Este é um termo pouco conhecido em relação aos demais citados até agora, e não é apenas devido à refinação da palavra, mas também à individualidade de sua prática. O flaneur é uma pessoa que anda pelo espaço sem objetivo aparente (para não dizer "finalidade", pois muitas vezes o flaneur se dedica, por exemplo, à observação espacial e suas características históricas e estéticas). Há muito o que se aprender visualizando a cidade e as ruas, e o praticante dessa "apropriação espacial" sabe muito bem disso.
Deriva
Todas essas estratégias de apropriação do espaço se encaixam na deriva urbana. Ela é um conjunto de resultados da vivência e do próprio descobrimento das cidades e das pessoas na modernidade, constituindo relações psicológicas, sentimentais e físicas entre o espaço-humano. Ela "se destina a superar a visão do território como terreno de atividades massificadas e previsíveis, a estimular a participação dos seres humanos enquanto personagens vivedores e não simples atores figurantes", segundo o conceito que o site reverbe.net utiliza para descrever a teoria da deriva. O estudo desse fenômeno constitui o 'pensar novo' para a cidade, olhá-la além do mercado e do trabalho. Junto a isso, apresenta também tentativas de reconstruir o espaço, onde os próprios habitantes são os agentes construtores.
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