Através de um ambiente multi-sentimental, Farnese de Andrade traz, em sua obra Arqueologia Existencial, um conjunto de peças e objetos que intrigam o olhar e até nos confunde em relação ao que sentimos no momento de sua observação e apreciação.
É uma obra intrigante, pois ao mesmo tempo em que nos desperta o medo, desperta também o afeto, constituindo um ambiente estranho e até mesmo assustador para os observadores. O artista utiliza desde bonecos de bebês à imagens de pessoas, acessórios, madeira e outros tipos de materiais, construindo dessa forma um espaço diversificado que possa expressar ou, pelo menos subjetivamente, sugerir tipos de emoções ao ser humano, os quais mesmo contraditórios, conseguem se fundir no momento em que a obra adentra ao leitor.
O salão em que foi exposta a obra no Palácio das Artes, aqui em Belo Horizonte, constitui em dois espaços tematicamente diferentes. Enquanto o primeiro espaço, partindo da entrada, traz para as pessoas as exposições em materiais, o segundo espaço, uma sala totalmente escura com alguns assentos, possui uma tela onde é projetado um video que mescla alguns itens da arqueologia de Farnese, a qual é uma resistência aos cânones modernistas da sua época.
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